quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A Chegada... [37]

No aeroporto estavam os pais do Miguel à nossa espera. Aquele reencontro com o filho foi algo tão emotivo que era impossível alguém não se emocionar... Tanta saudade naqueles corações...Eu deixei-me estar sossegada, como se tivesse saído de cena. Depois de todos os abraços, de todas as lágrimas, o Miguel arrisca:
- Yara! Anda cá amiga!
E eu fui...
As apresentações e a primeira impressão...Achei os pais do Miguel muito simples e muito simpáticos, o seu pai chamava-se Joaquim, deveria ter cinquenta e tais e a mãe era nitidamente inglesa, pele muito clara, cabelo loiro e um olhar da cor do meu mar, de seu nome Betty.


O entardecer ia aos poucos cobrindo de dourado toda a paisagem...E o Big Ben imponente! Já tinha estado em Londres várias vezes, mas desta vez era diferente, havia a sensação de ter estado e não ter estado, quase em simultâneo; sensação que muito me acompanhava depois do coma...

E mergulhamos no estonteante transito da cidade de Londres... E eu quase até inconscientemente ia pensando que iam ser uns dias muito agitados...mas, eis que de repente a multidão de pessoas e de carros foi-se esfumando no ar...e a calma, uma calma até excessiva, diria começou a a entrar em mim...Pequenos edifícios, ruas estreitas, e pequenos becos, e...

- Yara! Chegamos...É ali!!


Eu sorri...Enquanto os últimos raios de sol iam beijando o prédio de janelas abertas que se abeirava de mim, e da calma e tranquilidade que sentia...

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